Pode-se afirmar que um dos acontecimentos mais importante em toda a filosofia do século XIX foi a invenção da lógica matemática. Não se tratou apenas de refundar a própria ciência da lógica; foi algo que teve igualmente consequências para a filosofia da matemática, para a filosofia da linguagem e, em última análise, para a compreensão que os filósofos tem sobre a natureza da proópria filosofia.
O pioneiro na fundação da lógica matemática foi Gottlob Frege. Nascido na costa báltica alemã, Frege (1848-1925) doutorou-se em filosofia em Göttingen e lecionou na Universidade de Jena. Exceto no que diz a respeito à atividade intelectual, a vida de Frege foi rotineira e isolada; o seu trabalho foi pouco lido enquanto viveu, e mesmo depois da sua morte só exerceu influência por meio de outros filósofos – entre eles estava Bertrand Russell que será abordado em próximos artigos. Mas gradualmente foi-se recohecendo que Frege foi o maior de todos os filosófos da matemática e que, como filósofo da lógica, foi comparável à Aristóteles. A sua invenção da lógica matemática foi uma das maiores contribuições para os desenvolvimentos, em diversas disciplinas, que culminaram na origem da ciência da computação. Dessa forma, pode-se dizer que a forma de pensar de Frege teve um impacto profundo nas vidas de todos nós.
A produtiva carreira de Frege começou em 1879 com a publicação de um livro intitulado Begriffschrift, ou em claro e bom português, Escrita Conceitual. A escrita conceitual que deu título ao livro consistiana formulação de um novo tipo de simbolismo com a finalidade de representar de forma mais clara e evidente as relações lógicas escondidas na linguagem cotidiana. A notação de Frege, apesar de elegante, era praticamente incômoda, o que levou ao seu abondono, porém o cálculo concebido por ele constituí desde então a base da lógica moderna.
Notação utilizada por Frege
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